
Minha querida, querida, Querida Prima, Leonor me ligou dia 24 de manhã pedindo um help. Ela está recebendo o lado francês da família dela para a ceia de Natal e tudo ficaria sem sentido sem uma Bûche de Nöel. Pior que isso só um misterioso desaparecimento da árvore de natal.
Leo me ligou porque sabia que eu poderia resolver o problema. Giancarlo, meu marido, é gerente de Alimentos & Bebidas do Sofitel Rio e conseguiria com o seu super chef pâtissier, Dominique Guerin, adicionar às tantas encomendadas mais uma bûche, de última hora. Dito e feito, eu cheguei à festa com o simbólico doce francês.
Os franceses, e os brasileiros, amaram. Viva o Domenic e sua equipe!!! Estava uma delícia!
Viva a Leonor e o Elia! Já virou tradição o descontraído Natal em família que promovem. Adoro!
Leo me ligou porque sabia que eu poderia resolver o problema. Giancarlo, meu marido, é gerente de Alimentos & Bebidas do Sofitel Rio e conseguiria com o seu super chef pâtissier, Dominique Guerin, adicionar às tantas encomendadas mais uma bûche, de última hora. Dito e feito, eu cheguei à festa com o simbólico doce francês.
Os franceses, e os brasileiros, amaram. Viva o Domenic e sua equipe!!! Estava uma delícia!
Viva a Leonor e o Elia! Já virou tradição o descontraído Natal em família que promovem. Adoro!
Este ano nossa festa acabou sendo arrebatada por outra ainda mais importante, o casamento de meu irmão Guilherme e da sua Ana Lúcia. Como presente de Natal e de vida chegará em janeiro a minha primeira sobrinha, Rosa. Um brinde aos noivos!
Aproveitei esta rápida a ida à São Paulo com marido e sem compromissos profissionais para estar com amigos – infelizmente não deu para estar com todos, mas aqueles com quem estivemos representaram bem os outros, tão queridos quanto.
Ele não para, está sempre inventando modas deliciosas. Adivinhem o que ele fez para celebrar o Natal?
É isso mesmo! Uma grande coleção de Bûche de Nöel. Sua vitrine estava ainda mais colorida, decorada com bûches de todos os tipos: grandes, pequenas, tradicional, tropical, de chocolate branco e preto recheada com frutas vermelhas, étoile de chocolate com chocolate, ma-ra-vi-lho-sa, e a novidade, as bûche de sorvete. Ideal para o calor do nosso Natal tropical. Enquanto isso na cidade do Giancarlo não para de nevar. As nossas famílias trocam as invejas – quem está no calor pensa em neve, quem está no frio sonha em poder andar de manga curta, etc.
Como boa carioca-paulista-carioca também gostei da homenagem ao Rio: Um sorvete entre telhas de chocolate à La Praia de Copacabana.
Depois de tanta bûche fiquei curiosa. Afinal, da onde vem este doce e porque ele é relacionado ao Natal?
Nas leituras que fiz aprendi que a tradição vem do tempo pré-cristão, para honrar o deus Thor e celebrar o solstício de inverno (no hemisfério norte) com a construção de uma fogueira.
Quando o Natal substituiu os festejos de solstício de inverno, a França manteve a tradição e criou o ritual de uma vez por ano cortar uma árvore especial (bois franc) e queimar uma tora de sua madeira, perfumada com óleo, sal e vinho cozido, abençoada por rezas, na grande lareira para que o calor produzido aquecesse a noite da Ceia de Natal. Eles acreditavam que as cinzas desta tora tinham poderes medicinais e mágicos que afastariam os raios e que protegeriam a casa dos espíritos ruins durante o ano novo que se aproximava. O desaparecimento desta tradição coincide com o das grandes lareiras, substituídas progressivamente por fogões de ferro fundido. A gorda tora então foi substituída uma pequena, às vezes aumentada de velas e plantas, que era colocada no centro da mesa como decoração de Natal.
Dizem que um chef pâtissier criativo (no final do século XIX) teve a idéia de substituir a madeira por um bolo com forma de tora.
O bolo virou um doce tradicional. Um bolo enrolado, suculento, decorado com creme feito de manteiga e chocolate ou café, texturizado para lembrar o tronco de uma árvore, com folhagens e flores de açúcar. Hoje existe uma variedade grande deste doce, como você viu nas fotos acima, para agradar todos os gostos, e não é mais necessário ir à França para poder degustar a Bûche de Nöel. Natal agora só em 2010, mas fica aqui minha dica para o ano que vem.
2009 é o Ano da França no Brasil e quem quiser iniciá-lo comemorando segundo as tradições francesas poderá fazê-lo comme il faut (como se deve): Dia 6 de janeiro sirva a Galette Du Roi (uma das versões do doce é uma torta de massa folheada recheada com creme de amêndoa, frangipane) que esconde uma fava ou um bonequinho de porcelana), mas esta é ainda outra história, outra tradição e muito divertida, por sinal. Conto como é da próxima vez.
Aonde Comprar:
Rio de Janeiro
Sofitel Rio de Janeiro
http://www.accorhotels.com.br/guiahoteis/Sofitel/hotel_bar.asp?cd_hotel=4
Av. Atlântica, 3264 – Copacabana - (0xx)21 2525-1232
São Paulo
Douce France
http://www.patisseriedoucefrance.com.br
Alameda Jaú, 554 – Cerqueira Cesar (0xx)11 3262-3542
Morumbi Shopping – Área Fashio – Piso Lazer – (0xx)11 5189-4584
Bibliografia:
http://www.joyofbaking.com/YuleLog.html
http://www.virtualmuseum.ca/Exhibitions/Noel/franc/buche.htm
http://www.2travelandeat.com/France/galettes.des.rois.html
Nas leituras que fiz aprendi que a tradição vem do tempo pré-cristão, para honrar o deus Thor e celebrar o solstício de inverno (no hemisfério norte) com a construção de uma fogueira.
Quando o Natal substituiu os festejos de solstício de inverno, a França manteve a tradição e criou o ritual de uma vez por ano cortar uma árvore especial (bois franc) e queimar uma tora de sua madeira, perfumada com óleo, sal e vinho cozido, abençoada por rezas, na grande lareira para que o calor produzido aquecesse a noite da Ceia de Natal. Eles acreditavam que as cinzas desta tora tinham poderes medicinais e mágicos que afastariam os raios e que protegeriam a casa dos espíritos ruins durante o ano novo que se aproximava. O desaparecimento desta tradição coincide com o das grandes lareiras, substituídas progressivamente por fogões de ferro fundido. A gorda tora então foi substituída uma pequena, às vezes aumentada de velas e plantas, que era colocada no centro da mesa como decoração de Natal.
Dizem que um chef pâtissier criativo (no final do século XIX) teve a idéia de substituir a madeira por um bolo com forma de tora.
O bolo virou um doce tradicional. Um bolo enrolado, suculento, decorado com creme feito de manteiga e chocolate ou café, texturizado para lembrar o tronco de uma árvore, com folhagens e flores de açúcar. Hoje existe uma variedade grande deste doce, como você viu nas fotos acima, para agradar todos os gostos, e não é mais necessário ir à França para poder degustar a Bûche de Nöel. Natal agora só em 2010, mas fica aqui minha dica para o ano que vem.
2009 é o Ano da França no Brasil e quem quiser iniciá-lo comemorando segundo as tradições francesas poderá fazê-lo comme il faut (como se deve): Dia 6 de janeiro sirva a Galette Du Roi (uma das versões do doce é uma torta de massa folheada recheada com creme de amêndoa, frangipane) que esconde uma fava ou um bonequinho de porcelana), mas esta é ainda outra história, outra tradição e muito divertida, por sinal. Conto como é da próxima vez.
Aonde Comprar:
Rio de Janeiro
Sofitel Rio de Janeiro
http://www.accorhotels.com.br/guiahoteis/Sofitel/hotel_bar.asp?cd_hotel=4
Av. Atlântica, 3264 – Copacabana - (0xx)21 2525-1232
São Paulo
Douce France
http://www.patisseriedoucefrance.com.br
Alameda Jaú, 554 – Cerqueira Cesar (0xx)11 3262-3542
Morumbi Shopping – Área Fashio – Piso Lazer – (0xx)11 5189-4584
Bibliografia:
http://www.joyofbaking.com/YuleLog.html
http://www.virtualmuseum.ca/Exhibitions/Noel/franc/buche.htm
http://www.2travelandeat.com/France/galettes.des.rois.html
Um comentário:
Nossa, eu que sou apaixonada por doces to passando mal com todas as versões. Adorei a lenda que envolve o doce, adoro essas estórias que misturam os rituais pagões às festas cristãs, dão um toque mágico, né?
Um beijão pra vc e um 2009 maravilhoso pra vc e toda a família!
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